quinta-feira, 22 de novembro de 2007

"Daime" - Soneto Daimista

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“Daime”



Porque as ordens do Senhor são coisas belas
E o silêncio dos que buscam ao todo vê-las
Numa harmonia pelo caldo e compreendê-las
Vêem que o chá desprende almas destas celas...

E que às outras almas nossa luz revela
(Nem que a ciência se recuse a recebê-las)
Já que à vida necessita de entendê-las,
Pra que a carne se consuma como a vela:

Raspa de cera que se rasga – candeeiro;
Curto pavio que se queima – nossa lida;
Fogo que arde – nossa alma num braseiro;

Sopro das Coisas que a Luz guarda esquecida,
Porque é Deus quem rege o sopro derradeiro
Que nos apaga e reacende noutra vida.



(Fredson N. Aguiar)

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