sábado, 24 de novembro de 2007

"Casa Aberta" - Soneto Daimista

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“Casa Aberta”



Sob o efeito da Força



Não há faca que nossa alma desprenda
Da Força do Chamado a esse ofício;
Nem goma que nos cole pela fenda
Do orgulho, como a gorda mãe do vício.

Porque é quando a Cura encontra a Força
Que o ciclo se completa de elementos –
Jagube que se casa com a Rainha
E as luzes que desposam o firmamento;

E o som da Miração é escala incerta
Em tons e subtons que vêm da tenda
Que o mestre ergueu no céu – sua Casa Aberta;

E a flauta é este vinho que engrandece;
E o corpo é só uma veste à oferenda
Que Deus concede ao espírito que cresce.



(Fredson N. Aguiar)

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