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“Casebre”
No coração de quem toma
Sabemos sem saber: salões divinos
(Oh, sala inusitada em nossas mentes!)
Com vagas de tortura nos dormentes
Por onde vão vagões rangendo hinos;
Salões inexplorados e esquecidos –
Colunas, velhas câmaras e porões,
E poeira amontoada nos balcões
Da tasca e dos casebres já falidos.
E quando nós entramos, nos prendemos
Às teias e ao mofo nas paredes
De chagas tão antigas, que esquecemos;
E assim que essa demão de Daime dão,
Aos poucos essa Casa, que ora vedes,
Descobres - que era ali teu coração.
(Fredson N. Aguiar)
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