terça-feira, 27 de novembro de 2007

“Casebre” - Soneto Daimista

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“Casebre”



No coração de quem toma



Sabemos sem saber: salões divinos
(Oh, sala inusitada em nossas mentes!)
Com vagas de tortura nos dormentes
Por onde vão vagões rangendo hinos;

Salões inexplorados e esquecidos –
Colunas, velhas câmaras e porões,
E poeira amontoada nos balcões
Da tasca e dos casebres já falidos.

E quando nós entramos, nos prendemos
Às teias e ao mofo nas paredes
De chagas tão antigas, que esquecemos;

E assim que essa demão de Daime dão,
Aos poucos essa Casa, que ora vedes,

Descobres - que era ali teu coração.



(Fredson N. Aguiar)

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