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"Aposento de Cura"
Porque Hypolite não viu no meu Destino
O que a escritura dos irmãos desencarnados
A nominasse como vaticina um fado,
Que atropela os invólucros do intestino.
Alma gentia que padece como morta,
Que não trilhou - fora a matéria - um passo só;
Como um encarnado que irá voltar ao pó,
No mesmo ranço de ferrugem duma porta.
Quando vos digo "O Evangelho não me sabe!",
É porque digo, bom Alan, que essa doença
É uma sentença em que a cura não me cabe.
Mas, sempre ouço vir de ti o contentamento
De que o Pai sabe doar convalescença
A cada filho que repousa em seu aposento.
(Fredson N. Aguiar)
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